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Quando duas vértebras adjacentes estão fusionadas desde o nascimento, este conjunto de unidade vertebral é chamado de bloco vertebral congênito.
Embriologicamente é o resultado de um erro no processo normal de segmentação dos somitos (estruturas segmentadas, formada a ambos os lados do tubo neural) durante o período de diferenciação nas semanas fetais.
Devido à inexistência de um segmento móvel, as articulações livres (não fusionadas) por cima e por baixo do bloco vertebral fusionado sofrem mais stress.
Elas também podem produzir uma curvatura anormal na coluna.
Compreender a complexa inter-relação das desordens craniomandibulares requer uma ampla compreensão, não só da anatomia e fisiologia da cabeça e pescoço, mas também da coluna vertebral. A coluna cervical é o elo flexível entre a cabeça e o tronco.
Paciente de sexo masculino se apresenta na consulta com queixas de dor de cabeça, dor atrás dos olhos, principalmente do lado direito e dor na sobrancelha direita.
O paciente descreve que ao passar a ponta dos dedos na sobrancelha esquerda em direção ao lado direito ele sente dor, principalmente quando atinge o centro.
Refere dor em ambos os ombros.
Refere dor e estalos em ambas as articulações temporomandibulares.
Se queixa também de sentir crepitações nas ATMs.
Refere uma sensação de ouvidos entupidos e zumbidos bilaterais.
O paciente relata que aperta os dentes todo o dia, e também refere bruxismo noturno.
Também se queixa de dor na nuca e dor na coluna cervical.
Em sua história clínica, ele relata um acidente de carro quando tinha 12 anos de idade, também sofreu um forte golpe na boca e mandíbula.
Ele foi submetido anos após o acidente a uma cirurgia nas vértebras L3, L4 e L5 por causa de hérnia de disco.
Imagem da oclusão habitual do paciente antes do tratamento, no dia da consulta.
Incisivos fraturados e ausência do canino superior do lado esquerdo.
Na vista oclusal superior e inferior do paciente antes de tratamento fica evidente o desgaste dos incisivos inferiores e a fratura dos incisivos centrais superiores.
Radiografia panorâmica inicial: podemos observar a ausência dos elementos dentais 18, 23, 28, 38 e 48. Extensão do seio maxilar na região de pré-molares e molares.
Laminografia das articulações temporomandibulares do paciente antes do tratamento: podemos observar o posicionamento superior e posterior do processo articular do lado direito na cavidade articular e o posicionamento posterior e inferior do processo articular do lado esquerdo na cavidade articular quando a mandíbula encontra-se em posição de intercuspidação máxima.
Na posição de abertura máxima, observa-se angulação anterior dos processos articulares. A angulação é mais significativa do lado esquerdo. Aplainamento da superfície posterior dos processos articulares.
Radiografia frontal do paciente antes do tratamento.
Radiografia lateral em conjunto com a imagem do perfil do paciente, antes do tratamento.
Radiografia lateral e da coluna cervical do paciente antes do tratamento.
A seta marca a FUSÃO DAS VÉRTEBRAS CERVICAIS C3 e C4
Quando duas vértebras adjacentes estão fusionadas desde o nascimento, este conjunto de unidade vertebral é chamado de bloco vertebral congênito.
Embriologicamente é o resultado de um erro no processo normal de segmentação dos somitos (estruturas segmentadas, formada a ambos os lados do tubo neural) durante o período de diferenciação nas semanas fetais.
Devido à inexistência de um segmento móvel, as articulações livres (não fusionadas) por cima e por baixo do bloco vertebral fusionado sofrem mais stress,
Elas também podem produzir uma curvatura anormal na coluna.
RNM TI : sequência de cortes sagitais da ATM esquerda em boca fechada.
Podemos observar que apesar da angulação anterior dos processos articulares, (por sequela de traumatismo na primeira infância) o disco está posicionado na cabeça do côndilo mandibular. Note a conservação da saúde dos elementos moles, mesmo assim existe compressão dos elementos retro discais a nível do angulo da flexão do colo do côndilo mandibular.
RNM TI : sequência de cortes sagitais da ATM esquerda em boca fechada.
Podemos observar que apesar da angulação anterior dos processos articulares, (por sequela de traumatismo na primeira infância) o disco está posicionado na cabeça do côndilo mandibular. Note a conservação da saúde dos elementos moles, mesmo assim existe compressão dos elementos retro discais a nível do angulo da flexão do colo do côndilo mandibular.
RNM TI : sequência de cortes sagitais da ATM direita em boca fechada.
Podemos observar que apesar da angulação anterior dos processos articulares, (por sequela de traumatismo na primeira infância) o disco está posicionado na cabeça do côndilo mandibular. Note a conservação da saúde dos elementos moles, mesmo assim existe compressão dos elementos retro discais a nível do angulo da flexão do colo do côndilo mandibular.
RNM TI : sequência de cortes sagitais da ATM direita em boca fechada.
Podemos observar que apesar da angulação anterior dos processos articulares, (por sequela de traumatismo na primeira infância) o disco está posicionado na cabeça do côndilo mandibular. Note a conservação da saúde dos elementos moles, mesmo assim existe compressão dos elementos retro discais a nível do angulo da flexão do colo do côndilo mandibular.
Ressonância nuclear magnética da ATM esquerda e direita em boca aberta em TI.
Na posição de abertura máxima, observa-se melhor a angulação anterior dos processos articulares. Angulação mais significativa do lado esquerdo.
Ressonância nuclear magnética da ATM esquerda e direita em boca fechada. Corte frontal ou coronal em TI.
Registro cinesiógrafico inicial: perda importante da velocidade quando o paciente abre e fecha a boca. Não há coincidência entre as trajetórias de abertura e fechamento na vista sagital do registro. Traçado muito vertical na vista sagital típico das sobremordidas.
Para avaliar corretamente a relação maxilo-mandibular devemos começar a considerar a posição fisiológica de repouso mandibular.
Repouso fisiológico é um conceito aplicável para todos os músculos do corpo. A musculatura estomatognática não é exceção.
Os músculos mastigatórios do paciente foram desprogramados eletronicamente e uma nova posição neurofisiológica de repouso foi registrada.
O registro mostra um espaço livre patológico de 11,8 mm e uma retroposição de 2 mm.
Lembrar que o as angulações do côndilo mandibular, provocadas por traumatismo na primeira infância, provocam uma perda no crescimento vertical e uma compressão a nível do ângulo da flexão do côndilo mandibular.
Clique aqui para ler mais sobre traumatismos na primeira infância e as fraturas em talo verde do côndilo mandibular
Com esses dados obtidos após a desprogramação eletrônica mandibular e o registro cinesiográfico, construímos um DIO (dispositivo intraoral) para manter tridimensionalmente a posição registrada. Este dispositivo deve ser testado para mensurar e avaliar objetivamente o paciente.
Registro cinesiógrafico de controle do DIO (dispositivo intraoral). Trajetórias neuromusculares coincidentes e espaço livre inter-oclusal de 2,4 mm
Estes controles DEVEM SER PERIÓDICOS DURANTE A PRIMEIRA FASE DO TRATAMENTO e também durante a SEGUNDA FASE DO TRATAMENTO.
Nas publicações dos casos clínicos na PAGINA DE ESTUDOS E INVESTIGAÇÃO DA ATM coloco uma seleção mínima da sequencia dos registros obtidos durante o tratamento.
É importante lembrar que durante o tratamento neurofisiológico o paciente é medido e controlado durante todo o percurso.
O paciente apresentava problemas de localização tridimensional do côndilo mandibular.
Mesmo que estruturalmente os côndilos mandibulares tenham sofrido mudança do eixo de crescimento devido a traumatismo na primeira infância, eles não apresentavam lesões que impedissem, após a melhora da localização tridimensional da mandíbula, iniciar a SEGUNDA FASE DO TRATAMENTO.
Neste caso clínico decidi NÃO solicitar uma segunda ressonância nuclear magnética, já que não era necessário controlar a medular do côndilo mandibular, pois não apresentava lesões nem problemas no complexo côndilo e disco articular.
O paciente apresentava remissão da sintomatologia, o que nos permitiu passar para a SEGUNDA FASE DO TRATAMENTO NEUROFISIOLÓGICO.
Na imagem superior podemos de cima para abaixo observar:
Oclusão inicial do paciente antes do tratamento;
Oclusão do paciente com o DIO ( dispositivo intraoral);
Início da ortodontia tridimensional, SEMPRE COM O DIO (dispositivo intraoral) construído em posição neurofisiológica. Instalação de um expansor removível superior.
Sequência de imagens da ortodontia tridimensional com o expansor e a movimentação do primeiro pré-molar superior do lado esquerdo para a instalação de um implante dentário.
Sequência de imagens da ortodontia tridimensional neste caso clínico específico.
Sequência de imagens acima da ortodontia tridimensional neste caso clínico específico e instalação do implante dentário, devido à ausência do canino superior do lado esquerdo.
Os incisivos superiores foram reabilitados com resinas para recuperar a estética e funcionalidade do paciente.
Radiografia panorâmica de controle: implante colocado durante a ortodontia tridimensional no percurso do tratamento neurofisiológico. O DIO, (dispositivo intraoral) em posição neurofisiológica permanece instalado em boca durante toda a SEGUNDA FASE.
Os incisivos inferiores foram reabilitados com resinas para recuperar a estética e funcionalidade do paciente.
A erupção ativa dos setores posteriores foi concluída finalizando a segunda fase.
Neste caso clínico específico não foi documentada a sequência de erupção ativa em imagens. Para os leitores que quiserem relembrar a erupção ativa na ortodontia tridimensional recomendo entrar neste link.
Oclusão do paciente após o tratamento neurofisiológico. Primeira e segunda fase terminada.
Imagens comparativas da oclusão do paciente antes e após o tratamento neurofisiológico.
Vista oclusal superior e inferior do paciente após o tratamento neurofisiológico.
Imagens comparativas da vista oclusal superior e inferior do paciente antes e após o tratamento neurofisiológico.
Radiografia panorâmica após a primeira e segunda fase do tratamento neurofisiológico.
Radiografias panorâmicas comparativas: antes do tratamento, durante o tratamento e após a finalização da ortodontia tridimensional e reabilitação neurofisiológica.
Laminografia do paciente após a primeira e segunda fase do tratamento neurofisiológico.
Radiografias laterais comparativas do paciente: antes e após o tratamento neurofisiológico.
Radiografia lateral e da coluna cervical comparativas do paciente antes da PRIMEIRA FASE e na finalização da ORTODONTIA TRIDIMENSIONAL e REABILITAÇÃO NEUROFISIOLÓGICA.
Neste caso não podemos mudar uma fusão congênita das vertebras cervicais, mas se entendermos que existem cadeias miofasciais que conectam a ATM ao resto do corpo, então poderemos, melhorando a localização tridimensional mandibular, ajudar o sistema. Logicamente, o sistema é um todo e dependendo de cada caso clínico precisaremos da colaboração de profissionais especialistas nas diferentes áreas da saúde.
Imagens frontais comparativas do paciente: antes e após o tratamento neurofisiológico.
Imagens de perfil comparativas do paciente: antes e após o tratamento neurofisiológico.
Tempos atrás, em busca de um tratamento ortodôntico para meu primeiro filho, conheci a Clinica My. Na época, minha prioridade era de fato buscar uma solução de correção a um problema de dentição inclusa do meu filho.
Passadas algumas consultas, conheci a Dra. Lídia, que já em nossas primeiras e breves conversas, e em função de algumas queixas, diagnosticou que eu, muito mais que meu filho, tinha problemas ligados a disfunções na ATM e precisava buscar tratamento…
Naquela ocasião eu tinha diversos problemas de dentição, tais como: desgastes nos dentes inferiores e superiores e ponta de dentes quebrados, estalos na mastigação etc…
Eu tinha muitas dores de cabeça, dores na base da nuca e atrás dos olhos, nas costas e ombros… Sentia também uma sensação de dor em minha sobrancelha direita quando passava minha mão na testa, era de fato algo muito desconfortável e estranho.
Felizmente isso é coisa do passado. Graças ao diagnóstico preciso da Dra. Lídia e ao tratamento, que segui rigorosamente a risca, hoje já estou livre destes males.
Eu gostaria também de agradecer o cuidadoso trabalho do Dr. Luis Daniel durante todo o processo do tratamento e a atenção e o carinho que me foi dado por toda a equipe da Clinica My.